a difícil, mas necessária transformação do SER.

Durante as minhas elaborações juvenis, diante das possíveis tentativas e erros, VIVI um monte de coisas... e sonhei ser muitas outras.

professora, médica, jornalista, modelo (sei que era só sonho rs), dançarina, cantora (de chuveiro), reporter, atleta, enfermeira, fisioterapeuta, massagista, cabeleireira e tudo o mais que acreditei, mesmo que por um fração de segundos ter aptidão.

Já trabalhei no Mcdonald's, nas lojas americanas, na SOS computadores, na meia taça, na porta avião, no bingo rio vermelho,na trampolim, na namídia tv, canal2 e outras empregos mais que nem me lembro agora.

Também já fui vendedora, gerente, telemarketing, executiva de contas (nome bonito né?), caixa, atendente de lanchonete, bingueira, panfletista, estoquista, faxineira, babysiter, recepcionista, atendente, garçonete, pau de luz, pesquisadora de imagens e etc.

Perpassei por diversos setores, em diversas empresas em diversos caminhos. Sofri com as incertezas que surgem na adolescencia e com o grande peso e desafio de ter que definir qual o melhor caminho seguir.

Muitas noites insones, muitas irresponsabilidades e falta de compromisso. Muitos choros abafados em meu travesseiro. Muitos desejos de morte, de acabar com toda aquela angústia.

Cheguei aos 22, passei pelos 23 e nada!

O que eu sou?

Quem eu sou?

O que eu quero?

E agora??

quem me ajuda??

Quero sumir!!

Pensamentos intrusivos e incessantes que empurravam-me pra berlinda, me diziam o tempo todo:

Tome uma decisão!

Mas eu não queria, nao sabia ou nao conseguia, sei lá!

era muito mais confortavél o meu lugar de criança.

Ninguém me preparou pra enxente de interrogações que eu iria enfrentar quando chegasse a maldita da maturidade. Ninguém me avisou que crescer dói! simplesmente fui "atirada aos leões" da vida confusa dos adultos.

e passou 24, 25 e nada de saber o que fazer.

A essa altura eu já tinha um bebê lindo em meus braços, que me olhava curiosamente á espera de amparo para explorar um novo mundo que se apresentava bem à sua frente... e eu me perguntava... Quem vai me amparar agora???

O que eu faço?

Qual o proximo passo?

Quem será que inventou que fazer escolhas, tomar decisões, optar por uma profissão é fácil para um jovem?

Mas como toda história tem começo meio e fim, comecei a minha de maneira acidental, (acidental porque dentre tantas opções de caminho a seguir, jamais imaginei fazer psicologia) Jamais pensei em entender o "outro" já que eu nem mesmo me entendia. Jamais tive esse sonho, como a mioria dos que essa profissão elegem.

Até mesmo depos da escolha feita, continuei com o questinamento...

será que é a escolha certa?

será que vou chegar até o fim?

será que vale apena tanto sacrificio?

Bom... essas pelo menos são as minhas últimas perguntas desta etapa.

Perguntas que arrisco-me somente hoje a responder.

Sim, fiz a escolha certa!

Sim, não vou desistir. (afinal já se passaram 3 anos, muitos desafios, diversos problemas e eu continuo firme com meu propósito)

Sim, "tudo vale a pena quando a alma não é pequena" .

E desta forma vou seguindo. tropeçando nas dúvidas, caindo vez ou outra no abismo da incerteza, descansando no banquinho do medo.

Mas certa de que durante todo este processo, mudei muito. transformei e fui transformada, melhorei e fui melhorada, fiz chorar e chorei. Fiz sorri e recebi muitos sorrisos. enfim... amadureci!

Como já dizia Ana carolina...

[...] Já sei olhar pro rio por onde a vida passa, sem me precipitar e nem perder a hora. [...]

Saldo final:

29 anos,

solteira,

amadurecida,

um a filha linda de 6 anos,

muitos amigos,

grandes aprendizados,

inumeras conquistas,

um caminho mais ameno a seguir,

uma paz de espírito inenarrável,

e muita, muita muita felicidade!

Essa é a minha história, e a sua, quer me contar??

Rose Fialho
Enviado por Rose Fialho em 16/08/2009
Reeditado em 16/08/2009
Código do texto: T1756957
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