Máximas de uma poetisa mínima

(o que já foi dito, reedito...)

A vida é como o mar, sempre a vir, sempre a voltar.

A tristeza é como o sol do meio dia, que fere, que queima,

tolda nosso olhar com seu fulgor e nos faz esquecer que para além dele existem outras estrelas que nos confortam.

As paixões são como um incêndio na floresta, que após queimar tudo que encontra pela frente e afugentar toda a vida existente,

deixa atrás de si apenas cinzas.

Os amores são como um fogo baixo, que se bem alimentado, queima por toda uma vida.

Os amigos são como o perfume das flores, que depois de algum tempo acostumamos tanto com ele e nem mais sentimos o perfume, e com isso muitas vezes, os perdemos por termos as narinas saturadas.

A saudade é como uma agulhinha fininha, que está sempre a espetar nossas feridas, não deixando que elas cicatrizem.

A dor é como uma medida de segurança que Deus usa para não nos perdermos de nós mesmos.

As lembranças são os vídeo-clipes do coração que trazem sempre à tona as imagens de quem está ausente.

O medo é como nosso freio motor...paramos, averiguamos e se não houver nenhum abismo à frente, prosseguimos em segurança.

A distância é como os muros altos...nos impede de ver, mas não de sentir, de vislumbrar o que está do outro lado.

A solidão está dentro de nós à medida que nos fechamos para que outros não entrem e assim passem a povoar nossos corações.

A fé é como materializar aos nossos olhos, aquilo que ainda não é visível para os outros, é quando somos tachados de “loucos”.

Nem tudo que se perdeu, está perdido, nem tudo que foi achado, se acha.

O silencio interior é conseguido quando deixamos de lado nossas lamentações e passamos a ouvir a dos outros.

Estar lado a lado não quer dizer que devemos estar no mesmo metro quadrado, mas sim termos os mesmos ideais.

Ser altruísta não é abdicar-se de tudo que é teu, mas doar-se a si próprio para alguém ou alguma causa que aches justa.

Há pessoas que por mais amor que recebam, sempre vão achar que mereciam mais. Há outras que recebem tão pouco amor, e acham sempre que é muito mais do que mereciam.

A paz é conseguida dentro de cada um, no amor que dedicamos, no que doamos de nós para desarmar nosso inimigo.

Alguns olham para o horizonte e só vêm terra e céu; outros olham e enxergam infinitas possibilidades.

Oportunidades são beneses que vem de Deus e muitas vezes por acharmos que não as merecemos, deixamos passar.

Estar junto nem sempre é estar ao lado, estar ao lado, nem sempre é estar junto.

Obstáculos são barreiras que nós mesmos construímos impedindo a felicidade de se aproximar de nós, talvez por “acharmos” que a felicidade não exista.

O coração é bem maior do que se imagina. Quanto mais o abrirmos, mais ele se alarga...mas ficará tão pequeno, se você o fechar por dentro e aí só caberão as tuas lamentações.

As palavras “nunca” e “sempre” não funcionam o tempo todo porque o que nunca te ocorreu pode acontecer a qualquer momento e o que sempre te acompanha, pode ir embora sem deixar nenhum aviso.

Felicidade é aquele momento quando teu coração sorri e pode durar tão pouco, mas que tua memória registra para sempre.

Ser solidário não é dar o que te sobra, mas dividir o que te faz falta.

Bondade não faz alarde.

A mentira sempre vem acompanhada e pode até te livrar por algum tempo, mas depois ela te faz prisioneiro.

Apaixonar-se é um ato de fé.

Amigo não é aquele que te indica a direção, mas o que vai contigo, mesmo que o caminho seja só de pedras.

De tanto “pensar a dor”, podes vir a senti-la.

A liberdade é uma via de mão única.

A dor é um sentimento solitário.

O amor é sentido no corpo todo.

A mágoa faz mal aos ossos, endurece as artérias, dói no coração e te dá enxaqueca.

A alegria é como bocejar, contagia.

Estar na vida sem amar, é como empreender uma longa viagem, sem acompanhante.