Altar Particular

Em tempos de perdão, o coração quer dizer um sim a devoção. Ah esse coração, que não sabe de quem gosta mais que desiste de gostar de si mesmo, por tempos de vacas magras. Essas vacas, que não sabe mais o que fazer da vida. Sei isso torna engraçado o que não deveria ser, mais é. Quando é que a gente vai pensar... no que pensar.

Engraçado, como esse tempo vai passar. E a devoção vai ficar. Quando lateja em pequenos fragmentos inseridos na vida desse alguém. Dessa dependência que os tempos me fizeram entender que o esperar, na verdade é o desacreditar.

Eu poderia ser como uma grande conhecida, que tem tudo e na realidade nada tem. Somos assim, a necessidade do insensato presente no acaso. Presentes no Altar Particular que resolvemos criar, para canonizar o que de mais impensável possa ter sido.

Mais não, resolvi colocar meu coração em uma cruz e todo dia pela manhã, eu vou lá jogar uma pedra nele. Endeusar o merecido saber do não entender, que ainda me deva ser pretendido. As vezes eu tento fugir disso daqui, dizer que não. Mais eu ando tão sem coragem, que acredito que eu pseudo-negando eu consigo o que espero. Mais não, não há de ser nada. Apenas nostalgia,

Ontem, a casa do lago me fez chorar e voltei a re-acreditar no amor, por apenas 20 minutos. Sentir a dor, o suspiro, o amar no escuro. Isso é tão tenso que tudo ainda se reflete em meus poros. A vida anda cansada demais, eu queria apenas não lembrar das cartas trocadas e as musicas dedicadas.

Hoje eu resolvi escrever sobre o marasmo que há dentro de mim. Quando o que você precisa na sua vida é de voltar pra casa do lago, mais em dois anos atrás. Apenas dois anos, pode reescrever uma nova historias.

Os galhos secos nada falaram, apenas é um altar particular que eu criei.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 29/08/2009
Código do texto: T1781846
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