QUE CORES?

Perguntar se o céu é anil e disser que há um funil além do que é visto, é matar a imaginação e deixar de sonhar com os vários tons anis e os vários funis possíveis. Por que não perguntar pelo amarelo que é tão belo? Ou o cinza intimista? Quem sabe o branco, sem preconceito e sem receita para dar certo, sai abraçando todas as cores irmãs e não se preocupa em macular ou sujar sua alvura? Ao contrário, reflete brilho e cor para todos.

Quantos tons têm as suas verdades e em que corem elas são refletidas?

O que importa se o belo é branco, amarelo ou preto! Quando o belo é só eterno na sua edificação diária, no seu refletir em luz sublime para todos aqueles que o enxergam sem pedir nada em troca; sem criticar, sem matar e sem violar seus sonhos mais puros.

Nesse momento cintilante, não há segredo. Há portas estruturadas a base de sinceridade e, lacunas para que outros façam circular o ar da sua existência tornando-o leve e puro da maldade dos que ainda não encontraram o caminho de casa.

Elvira Pereira de Araújo