POETA QUE CALA… NÃO!

Das bigornas, do maço e do

martelo, do aço, do metal e do

ferro fundido, do esquadro e do

compasso nasce uma nova

dialéctica, rumo ao futuro.

Do soldador ao vidreiro, do pintor

ao sapateiro, do taxista ao talhante,

do camionista ao comerciante,

da cabeleireira ao vigilante

nasce assim um novo proletariado.

Das ceifeiras a ceifa, na terra o arado,

do pastor o pastoreio, do peixeiro

a pesca, dos guardas florestais

a redobrada atenção, contra as mãos

assassinas, na eira a desfolhada.

Dos emigrantes aos que cá ficaram,

da noiva chorando seu noivo,

dos que sem medo aqui ousaram

dos que elegeram seu país,

contra sucessivos governos sem presto.

Dos que pelo frio saem aos campos,

dos varredores aos engraxadores,

das novas tecnologias em progresso

contínuo, dos ricos aos pobres,

este é o nosso país e digníssima voz.

Dos que observam e preservam a

natureza, dos jardineiros aos que

lutam por um trabalho digno às suas

competências, contra os circos e tudo

que polui nosso Planeta Azul.

Podem chamar-me tudo o que

quiserem: drogado, ladrão,

assassino, demagogo, prostituto,

sem Deus… poeta que cala: NÃO!

Jorge Humberto

06/09/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 08/09/2009
Código do texto: T1799087
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