No limite

Apesar de não saber qual seu efetivo limite, ele sabia que já estava muito próximo dele, podia sentir, sabia que por mais que tentasse, aquilo parecia impossível para ele. No início se encantou, seu coração disparou de felicidade, pensou que talvez tivesse encontrado a pessoa ideal, mas da mesma forma que aquilo surgiu, logo deixou saudades e o que restou foi apenas um querer, sem acontecer. Vazio, distante, perdido, solitário.

Logo tudo retornou a normalidade para ele, os sentimentos partiram, sem que pudesse sentí-los com a profundidade que queria, o desejo se desfez como castelos de areias atingidas pelas ondas do mar, seu corpo se tornou uma pedra de gelo, seus olhos perderam a graça em admirar, seus pensamentos fugiram para um horizonte desconhecido, o que restou? apenas alguns momentos que não se perpetuaram, mas que se eternizaram em sua mente e que lhe deixaram boas lembranças de uma relação que poderia dar certo, mas não deu. De quem é a culpa? dele, dela, Deus? Quem pode ousar responder? quem pode ousar entender?