A juventude e a liberdade

Dentre todas as coisas que admiro, a juventude é uma delas. Quem sabe o que é ser jovem com todas as letras, sabe o que é isso. Viver o hoje, sem medo do futuro, sem dúvidas, sem nada que nos deixe angustiado. Ser feliz, amar, estudar, aprender e ensinar, tudo isso é o que a juventude pode nos ensinar.

Muitos governos, homens sem o mínimo de escrúpulos, com os pensamentos mais perversos, privam o ser humano, o jovem, de seus maiores bens: ser, pensar e criar. Enganam uma sociedade inteira, bem diante de nossos olhos e o que fazemos? Nada, é tudo banal.

Fazem-nos acreditar em deuses que não existem, que não vivem no céu, mas em suas mentes pervertidas, e o que é o céu, e o que é o inferno? Se não uma palavra que inventam para distinguir dois tipos de pessoas: os que acreditam e os que não acreditam em suas crenças. Transmite-nos virtudes, que dizem serem axiomas. Mas Epinoza já nos alertou que “procurar a igualdade, entre elementos desiguais, é procurar o absurdo”.

O primeiro que ousou questionar os “Deuses”, mostrar a verdade para os jovens , inaugurar um mundo melhor, real, foi condenado. A ignorância falou mais alto e continua a falar. Sócrates não acreditaria que depois de 23 séculos da sua morte, o real ainda é distante de bilhões.

Depois dos Deuses da antiguidade, os Reis da idade média, temos os democratas contemporâneos, a verdade mudou de orador, aliais, temos várias verdades. De ditadores à democratas. Mas essa é a verdade de todos?

Enquanto o jovem não for livre, consciente de si mesmo e do mundo, não haverá mudança. Viveremos o mundo promíscuo de alguns homens, e não o nosso próprio universo. Somos oprimidos pelo opressor e um dia quem sabe, opressor. Belo circulo, de ignorância!

Sendo assim, parece que libertar-se, libertar os outros, é a única forma de mudar o jogo. Mas que não seja um jogo sem regras, por que liberdade não é sinônimo de “tudo pode”.