tédio, quase, sério

Queria falar do horizonte

Da nova fronte,

Que criei

Para enxergar.

Queria falar da vida,

Fora dos celulares

Deste tédio, quase, sério.

Queria pensar em nada

Numa rede, quase, calma.

Pra meu corpo se deitar.

Pra uma mata então viver

O meu ser, só eu e você.

E os cantadores pudessem tocar

Viola na roda que eu fosse assistir.

Saudade no gole do copo de água

Que era a sede do lindo sertão

Que era a vida do meu coração.

E foi a lembrança pra longe de mim

Voltou e sorriu e ficou sempre assim.

Como o seu horizonte

Onde olhos se perderam

E eu fiquei.

Donde nunca pensei ir embora.