Baile de Máscaras

É mais fácil usar uma máquina para ser o meu disfarce. A Internet é um verdadeiro baile de máscaras. Ninguém quer ser visto, mas todos querem se divertir. Não há uma identidade, entretanto, todos revelam os seus mais íntimos desejos e vontades diante da máscara alheia.

Numa festa desse tipo, só há espaço para a satisfação. Qualquer possibilidade de frustração é repudiada sem piedade, damos as costas e fugimos em busca de uma nova aventura. Basta um clique e já estamos a quilômetros de distância. Sem ressentimentos, sem lembranças.

Esquecemos que nunca somos nós mesmos atrás da máscara. Sempre revelamos um ser imaginário, mas bonito, mais inteligente, um pouco mais alto e sempre apreciamos coisas interessantes, na tentativa de impressionar a outra máscara.

A máquina é fria. A festa sempre acaba. E a realidade sempre nos aguarda à porta, deitada sobre o tapete de “boas vindas”, esperando para nos morder novamente.

Você não precisa de uma máscara para ser feliz. Nem mesmo da frieza de uma tela para dizer o que está no seu coração. A realidade é, nada mais nada menos, que a sua atitude diante das circunstâncias. O que você vai fazer na hora de encarar os teus desafios? Eles são reais, e as suas conseqüências também são.

Use uma máquina somente para encurtar distâncias, não como uma máscara, um disfarce. Seja você mesmo. Mostre um caráter que é capaz de encarar as situações. Uma personalidade forte o bastante para olhar dentro dos olhos de qualquer pessoa, e dizer sem medo o que vai no teu coração.

Você é livre. Nasceu livre e pode viver da mesma maneira. Não permita que o mundo lhe diga que você tem que viver sozinho, usando máscaras, embriagando-se com ilusões.

Você pode ser feliz! Tire essa máscara e mostra quem você realmente é.

William Barter
Enviado por William Barter em 06/07/2006
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