Sem título, sem nexo, sem rumo...

Espreito a felicidade de longe, mas na verdade não sei de onde ela virá. Ou sei...ou sei lá...Sinto que os sentidos me faltam; falham sem aviso prévio. Confiar neles é como armadilha preparada. O que vejo parece não ser real. O que não avisto me parece tão próximo...mas um segundo se vai, e com ele a ilusão pueril. Resta a solidão do sofrer: resto de tudo o que sentiu.

As certezas não se sustentam aos questionamentos. O tempo é amigo e inimigo ao mesmo tempo. Tão decididos...tão inconstantes...

Que certeza se pode ter sobre um futuro desconhecido? Como saber do rapaz que conhece se será amigo ou marido?

Prossigo. E levo comigo, rangendo no peito, o coração dilacerado pela esperança de apenas ser. Mas problema de morte não hei de ter...espero a regeneração característica dos românticos.

Ainda há passos a serem dados. Caminhos a percorrer...seja contigo ou sozinho, comigo ou sem você, eu vou...preciso vencer.

Marcos Sodré
Enviado por Marcos Sodré em 23/11/2009
Reeditado em 10/01/2012
Código do texto: T1939924
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