Impregnados

Impregnados

Algo entrou em minha mente, impregnou-se, instalou-se, ali está morando...

nem eu pensei que pode ser, nem eu imagino como ali foi parar, se li, eu ouvi, se colocaram ali, se impuseram, se instalaram como um software qualquer, sem autor, sem programador, sem um desinstalador, disso só fica a dor...

Em alguns momentos parece que estou sozinho, parece que alguns que a meu lado vivem de alguma forma estão ausentes e o que resta é tentar descobrir em qualquer canto da vida que estou, abro um livro e tento ver se algum muda, torno ele de cabeça para baixo, engrandeço as letras de um dos seus capítulos a fim de descobrir ou encontrar uma resposta, simples porém eficaz.

Já passo da curiosidade para o medo, receio não mais poder, não mais ter forças para tentar descobrir, onde será que todos estão, onde será que foram?

Hoje já está quase tornando amanhã, e eu aqui neste canto do quarto, poucos foram os movimentos, apenas apenas diante dos olhos, a janela velha e o vidro embaçado pelo frio cortante que lá fora faz...

Mas espere, talvez nessa janela esteja a resposta, talvez ali esteja escrito algo, será que ela? Quem? A resposta. Talvez! Adormeço, esqueço... no dia seguinte, uma vaga lembrança, um vulto na mente, um estopim, o início ou no fim.

Sandro London

Sandro London
Enviado por Sandro London em 22/07/2006
Código do texto: T199663