TEMPESTADE

Lá estava eu, sozinho, diante da fúria de uma tempestade.

Lutando como um louco, preso na minha própria insanidade.

Do outro lado, sonhos, não realizados, eram muitos estavam espalhados,

sem ordem de chegada, aguardando, inquietos, esperando serem realizados.

Lá estava eu, agora parece que havia alguém, me dizia algo, me orientava,

senti medo, tentei fugir, algo me prendia, desespero começava...

Sei que tinha de enfrentá-la, mas eu teimava em me acovardar, em me esconder.

Sentimentos estranhos me envadiam ao mesmo tempo, tinha medo de me perder.

Lá estava eu, perdendo a noção de quem me queria, de quem de perdia,

perdendo a vida, perdendo a paz, perdendo a noite, perdendo o dia...

Dificil, estranho e novo, nunca vivida sensação de vazio, um grande vazio.

Que coisa... mas o que me aflinge, não sei parece tudo estar por um fio.

Aqui estou eu, voltei, pra realidade insasiável e cruel,

que destroi, nos deixa na boca o tão conhecido gosto do fel.

Aqui é bem pior, o remo não polpa o leme, não há acordo, não há relssalva,

Pois assim dessa maneira, o que te joga no fogo é o mesmo que te salva.

Aqui estou... acordado, pronto pra mais um episódeo, pra mais um parte.

Mesmo sem querer, mesmo sem notar, pra enfrentar e viver a vida, a arte!

Sandro London!

Sandro London
Enviado por Sandro London em 23/07/2006
Código do texto: T200338