Observando

O cigarro era consumido lentamente. A boca soltava baforadas de fumaça e depois voltava a tragar. Lúcia olha a rua pela janela. Estava completamente alagada. A chuva continuava a cair com força. Havia o risco até de que a água chegasse até a casa.

Um raio e a energia elétrica se vai. A escuridão toma conta do lugar. A única e mínima luz vinha da ponta do cigarro. Ela continua fumando, impassível. Não lhe importava ver qualquer coisa, sua atenção não estava no presente.

Seus olhos observavam o futuro. Tão tenebroso e solitário quanto o presente. Só algumas rugas a mais. A luz e a alegria eram passado. A esperança, um mito.