o que anda pairando por aqui

Enquanto despejo meu tempo, minhas palavras e emoções entre essas tortas linhas, tento descobrir o que devo fazer de tudo isso.

Preciso confessar que o futuro me atormenta, tenho medo até de dizer essa palavra, a síndrome de petter pan está dando a louca em mim. Quero brincar de esconde – esconde pra ninguém conseguir me achar e fingir que nessa idade eu posso continuar.

Não há mais no que eu possa me assegurar.

A liberdade que eu assolava viver já não faz mais tanto sentido.

Confusões tomam conta de uma carcaça de ferro.

Todos os dias surgem novas interrogações, pontos de exclamação, vírgulas, a breve pausa do ponto e vírgula; mas nunca aquele ponto chamado de final.

Confesso que chego até a pensar que estou na típica crise existencial, o que fazer, aonde devo ir, ou se simplesmente fico aqui sentada esperando que o vento me leve pra onde ele quer, como uma folha seca que não serve mais para nada.

Se tivessem me dito que esse negoço de virar gente grande e tomar decisões tão difíceis eu teria feito a melhor escolha de todas, me congelaria nos meus oito anos. Onde a inocência é aflorada e nada além de brincar importa.

Só me resta então esperar que o novo dia chegue e eu cresça sem ter percebido, e quem sabe então esse mundo louco faça algum sentido quando eu estiver lá.