A COR DO AMOR

Nunca parei para pensar na possibilidade do amor possuir uma tonalidade, uma nuance que o destacasse. Na verdade, pensar no amor sempre foi um assunto muito complicado, até mesmo para os poetas.

Dar-me esse desafio foi uma forma de dizer para mim mesmo que o amor não é um sentimento, nem uma coisa. Penso que o amor é tudo aquilo que somos e fazemos, movidos por forças externas, que vão além da nossa compreensão.

Se o certo é agir de acordo com o nosso entendimento e o amor é algo que vai além disso, então será que amar é estar louco? Bem, a resposta eu não sei, mas, de qualquer forma, todos nós sabemos que não se ama sem quebrar regras e fazer sacrifícios. Atitudes que não seriam tomadas se estivéssemos “raciocinando” perfeitamente.

Na realidade, as definições e formas para descrever o amor — geradoras até de sangrentas guerras — são difíceis de se compreender, por isso o fato de existir tantas bandeiras para defender ideologias diversas. Não vou definir aqui o que é, e o que não é “amor”. Meu compromisso é, se posso assim chamar minha presunçosa tentativa, dizer qual seria a cor do amor.

Não sei! Talvez isso responda bem a questão.

Ou quem sabe seja ele transparente, e a nossa capacidade de ver através dele, sem distorções, revele intimidade e amadurecimento. Ou quem sabe, seja o amor uma aquarela, cheia de cores e nosso coração um pincel, e pintemos quadros todos os dias, cheios de uma inspiração que não nos pertence, mas, de nós mesmos, brota todos os dias.

Seja o amor, da cor que for, que ele sempre seja iluminado diante de nossos olhos, com uma luz, mesmo sendo de uma pequenina vela a queimar, mas que seja sempre da cor que as tuas mãos quiserem.

Ame, e faça uma obra prima de sua vida. Ame apenas!!

William Barter
Enviado por William Barter em 28/07/2006
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