Em qualuquer lugar está

Eu percorro o labirinto dos momentos

Mas para qualquer lugar que eu me volto

Começa um novo começo

Mas nunca se encontra um final.

Eu caminho para o horizonte

E lá eu encontro um outro [começo].

Tudo parece tão surpreendente

E então eu descubro que sei.

Você vai até lá, você se foi para sempre.

Eu vou até lá, vou perder meu caminho.

Se nós permanecermos aqui, não estaremos juntos

Em qualquer lugar está...

A lua sobre o oceano

É arrebatada ao redor em movimento,

Mas sem jamais saber

A razão de seu curso.

Em movimento sobre o oceano,

A lua ainda continua se movendo,

As ondas ainda continuam ondulando,

E eu ainda continuo avançando...

Eu me pergunto se as estrelas indicam

A vida que é para ser minha.

E elas deixariam que sua luz brilhasse

O suficiente para que eu seguisse?

Eu levanto os olhos para os céus

Mas a noite tornou-se nublada acima.

Nenhuma centelha de constelação,

Nem Vela, nem Órion. [1]

As conchas sobre as areias quentes

Têm trazido de suas próprias terras

O eco de suas histórias.

Mas tudo que ouço são sons baixos

Como se palavras no travesseiro estivessem se entrelaçando

E as agitações de salgueiros estivessem dando folhas.

Mas eu deveria estar acreditando

Que estou apenas sonhando ?

Para abandonar a linha de todo o tempo

e deixar que se torne um risco escuro,

Com esperanças que eu ainda possa encontrar

O caminho de volta ao momento [que]

Eu tomei o desvio e me virei

Para começar um novo começo.

Ainda procurando pela resposta

Não consigo encontrar o final.

É este ou aquele caminho,

É um caminho ou o outro.

Deveria ser uma direção,

Poderia estar na imagem refletida

O desvio que eu acabei de tomar,

O desvio que eu estava fazendo.

Eu poderia estar simplesmente começando

Eu poderia estar perto do final...

Sandro London
Enviado por Sandro London em 29/07/2006
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