SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 26 - O DESEQUILÍBRIO

Atos de loucura são pedras que despencam desde o topo da montanha;

Começam na leveza que arranha, depois agridem a paz sem compaixão;

Águas amargas que invadem o coração com determinação tamanha;

Que gotas de peçonha logo se convertem numa inundação!

Conceito de loucura nesse caso é fronteira relativa;

Quando o detonador ativa, promove estilhaços sobre qualquer um;

Vacina alguma imuniza esse jejum, que vomita a fome que precisa;

Surto que só se estabiliza assim que visualiza seu conceito incomum!

Um desafio dos maiores, mas que abranda com franqueza;

Que se respeite essa fortaleza, que na verdade é vulnerável;

Um espírito e seu estado deplorável, vagando na incerteza;

No limite da estranheza, tentando um rótulo aceitável!

Só é preciso ver em si a semelhança da vitória;

Nenhum humano é escória se alguma honra ele tiver;

Venha o infortúnio que vier, venha o fracasso ou a glória;

Tu és obreiro de tua história e a pena que te escreve é a fé!

“Quem busca equilíbrio terá que admitir seu lado louco, pra só depois dialogar com a serenidade” (Reinaldo Ribeiro)

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