Segurança Pública - pensamentos

01. A segurança pública passa pela valorização do policial;

02. Não existe unidade no comportamento da humanidade, portanto, sem referência, parece que somos todos imperfeitos: muitos são menos e poucos são mais; esta variação igualmente se estende ao fenômeno da violência que também acompanha a todos nós;

03. Quando a polícia ocupa, há menos espaço para o crime;

04. Todos temos responsabilidade sobre todos;

05. Automóvel, arma perigosa de uso permitido;

06. O bem e o mal correm em paralelo, a polícia sabe mantê-los eqüidistantes;

07. A liberdade física está acima de qualquer qualidade de vida;

08. A ética por preferência, a lei como obediência;

09. É preferível investir na prevenção policial para que o fato não aconteça a acreditar numa discutível investigação quando o ato já está consumado e como crime, só há desgaste irreparável;

10. A violência não é só um fenômeno social, é também um fator somático. Além do acompanhamento pela segurança, igualmente alguns necessitam permanente terapia adequada preventiva; a terapêutica tende sair menos onerosa e desgastante do que a repressão e a ressocialização;

11. Polícia é o segmento de controle pelo enquadramento formal; segurança é o componente avançado e estratégico de pronta defesa e proteção;

12. A prevenção policial é a simples identificação em tempo hábil do possível fato para neutralização ou eliminação do risco em potencial;

13. Se a polícia se empenha em atender ao brasileiro depois de roubado, melhor se antes ajudasse a fechar a porta. Seriam vidas e liberdades preservadas e muitos crimes a menos;

14. Quer conhecer a polícia que tem, precise dela;

15. A violência humana é um enigma indecifrável, assim como é a nossa inteligência;

16. Polícia parada dá medo, mexa-se;

17. Todos os espaços são ocupados, quando não é pelo bem, o mal se instala; é aí que se insere a prevenção policial;

18. Se decompusermos a violência poderemos tirar conclusões antagônicas, que nos afronta e que nos comove;

19. Não é a violência que cresce, apenas é o controle que não se estabelece;

20. A afabilidade humana não se extingue com a formação policial, graças a Deus;

21. A violência policial é a pretensão de resolver um crime praticando outro mais grave;

22. Pior do que o crime organizado é o crime protegido;

23. Mais do que as intempéries, a insegurança degrada e deprime qualquer região causando o pânico e insinuando o êxodo na população;

24. Evitem um crime; se a situação exigir, conte até dez, se for pouco conte até mil;

25. Na segurança pública deve sempre haver uma voz dissonante para minimizar excessos e omissões;

26. Se beber não dirija, ponha isto na cabeça;

27. Para o sucesso, prescreve-se trabalho, ética e determinação; o crime descompensa;

28. A arma de fogo ainda que de porte permitido é de condução perigosa;

29. A manifestação da violência não é apenas uma questão humana ou social, antes de tudo é um reflexo da omissão político-administrativo, assim como a guerra também é uma forma de controle da explosão demográfica, que igualmente é uma violência declarada;

30. Dinheiro sujo não prospera, escoa pelo esgoto carregando os usuários;

31. No mundo, as duas principais autoridades, o Papa e o Presidente da América, estão posicionadas diametralmente pela conquista da paz. A primeira pela pregação dos dogmas, a outra, pelo princípio “se queres a paz prepara-te para a guerra”;

32. A fuga é a menor prisão aberta que o fugitivo pode se enclausurar solto;

33. Pior do que o boato da onda de violência é a certeza da falta de segurança;

34. A meta é sempre viver com menos crime, já que não tem como abolir;

35. A iniciativa com maior criatividade da polícia ainda é a prevenção;

36. Abolir a violência humana é uma utopia que nunca se concretizará em nenhum futuro;

37. A insegurança é o contexto, a violência é o fato;

38. Mais do que estar pronto para o combate ao crime, melhor é preparar-se para a prevenção;

39. Se o controle da violência é necessário, a promoção da segurança é compulsória, cogente;

40. A exclusão poderá ser a gota que falta para transbordar o mar de violência;

41. Em caso de reação à polícia, fazer uso da persuasão e persuadir antes de dissuadir; o que não pode é se envolver;

42. Diminuir o tempo de atendimento às violências é uma demonstração de poder que pouco se coloca a serviço da prevenção;

43. É preferível a força do convencimento, do que o convencimento da força;

44. O crime se protege;

45. Na segurança pública, a persuasão é uma atividade compulsória porque assume a configuração preventiva e exprime a destreza policial;

46. A instituição policial está priorizando o pós-crime, aparelha-se para um urgente atendimento às ocorrências e aperfeiçoa o campo das investigações para presumir possível autoria; É preferível investir na prevenção, pois, além de poupar vida, é menos oneroso e mais honroso;

47. A prevenção torna legítima toda repressão conseqüente;

48. Viver é defender-se continuamente das más concorrências, dos antagonismos, das oposições, das más companhias, dos infortúnios, dos sinistros, das adversidades, das intempéries, da violência, das pressões, das doenças, da obesidade e todos os ataques externos, só não tem como se defender é de qualquer infidelidade, tudo, para poder intercalar um momento de felicidade;

49. A impunidade não está no texto da lei, mas, no permissivo de sua ilação;

50. Não se pratica boas obras e nem se comete crime só em pensar, mas, agrada-se ou desagrada-se a Deus com pensamentos;

51. Para quem já está no caminho incerto é mais fácil seguir em frente do que parar para pensar; assim, carece de apoio;

52. A justiça que não desperta diante o espectro da arbitrariedade policial mantendo-se na passividade está liminarmente condenada à cegueira permanente;

53. A polícia de atendimento mais urgente às ocorrências faz presumir o entendimento de que o crime tem que acontecer para que a polícia seja chamada a se fazer “presente”, divergindo da política de tecnologia da prevenção. É a polícia do depois;

54. A atividade policial é privativa das forças policiais, enquanto o exercício da segurança pública, que é um ato de civilidade, compete a todos, sem exceção;

55. Polícia é o exercício das leis penais pelos órgãos com poder de polícia para o controle da delinqüência e da criminalidade para o equilíbrio dos estamentos sociais;

56. Segurança é uma atividade estratégica de defesa e proteção de todos, sendo capaz de gerar a conscientização coletiva de bem estar;

57. Na guerra, a melhor defesa é o ataque; na segurança, o melhor ataque é a defesa;

58. A sociedade hoje entende sua tranqüilidade sob outro aspecto, ela percebe que a defasagem reside na qualidade do apoio à segurança como um todo e que a polícia é apenas uma conseqüência da atenção ou do descaso;

59. O policial é policial estando de serviço, fardado ou desarmado, portanto, muito cuidado com as folgas;

60. O policial brasileiro como um todo, antes de tudo é um nordestino em particular, e sempre sabe a força que tem, ainda que não exercite na sua plenitude;

61. Na segurança pública, quando a polícia assume o radicalismo repressivo justificando pelos fins, a instituição perde a legitimidade como protetora da sociedade por ter negligenciado em alguma fase importante da prevenção;

62. Quem apostar na junção das polícias estaduais perde a dicotomia que mantém eqüidistante toda decomposição complementar da defasagem de cada uma, perde a sadia emulação funcional e ganha o desconforto de recorrer aos órgãos externos para as apurações internas; junção difere da fusão legítima como polícia una preferida;

63. Pela persuasão, a palavra vira uma arma, a arma atinge o objetivo, mas não fere o alvo;

64. Assim como Deus, nas ruas o povo é quem é onipresente, a polícia, uma pontual conseqüência da mídia;

65. O trinômio da Segurança Pública é: Povo, Polícia e Paz social;

66. A estratégia da segurança é: informação, prevenção e repressão;

67. Violência exige prevenção, insegurança urge ação;

68. São prioridades na segurança pública: prevenção, prevenção e prevenção;

69. Premissas contra a violência: prever, antecipar-se e prevenir;

70. A violência explícita exibe a ausência da prática de tecnologia de prevenção;

71. Não basta abordar, reprimir nem prender, urge prevenir para “ressocializar” menos;

72. A junção das polícias estaduais se não for à revelia da Constituição por imposição de autoridade maior, tem que haver consenso entre as partes e com muita negociação estabelecendo parcerias complementares, para que a tendência não seja absorção com graves prejuízos também para a segurança pública; prefiro a polícia una;

73. O policial tem que ser condicionado a saber tomar iniciativa e decidir independentemente da ordem e da presença do seu chefe, mas sempre mirado na lei;

74. O atendimento às ocorrências é uma ação submissa, remota, ainda que pronta, que espera o fato acontecer e atua pela inércia, sem acompanhamento anterior, cujo campo tem como certo o sítio do crime, sempre atrelado a um aparato passivo, esquematizado, protocolo que só acrescenta números nos índices da criminalidade, apesar de tudo, necessário, enquanto que a prevenção da violência é uma iniciativa ágil, ativa, inteligente, protetora, técnica, constante, posicionada à vanguarda dos fatos, mas intangível, que inverte a curva da violência e não alimenta as estatísticas, sobretudo, cogente;

75. A violência, qualquer um é capaz de praticá-la ou vitimar-se; a tranqüilidade, só todos unanimente exercitado a ordem pública;

76. A violência urbana tem êxodo na educação tecnológica;

77. Violência também é desigualdade social;

78. A polícia pós-crime deve ser substituída pela polícia de pré-delinqüência;

79. Para não andar só depois do crime, a polícia tem que se antecipar na prática;

80. Depois do fracasso, arrependendo-se, todo criminoso prefere voltar ao tempo antes do delito;

81. O binômio povo-polícia deve continuar a se preferir, não para se estabelecer uma cobrança disfarçada com o título de responsabilidade solidária, mas, uma parceria espontânea de cooperação para aperfeiçoamento;

82. O erro da polícia que mata não está no ato de apertar o gatilho, mas no fato da omissão da chefia em não coibir esta violência que se permeia, quando até estimulada pela indiferença;

83. Nem pós-crime, nem anticrime, se é difícil nutrir o controle da violência pela prevenção, que se mantenha também uma postura constante de contra;

84. O combate à criminalidade nada é mais do que uma ação extrema da polícia caracterizada por outra violência radical bélica com o beneplácito de um Estado despótico;

85. Estar contra a violência é a polícia pronta para atuar ainda na evolução da cadeia do delito;

86. Contenção, como ação policial, é a concordância legal do verbo algemar;

87. Se a vida imita a arte, a polícia pode utilizar o princípio da surpresa contra a delinqüência;

88. Com o crime começa uma vida diferente e difícil e que tudo pesa contra o autor; os momentos felizes dão lugar aos arrependimentos, às incertezas, aos questionamentos, às angústias, tudo ajudando a refletir e a pensar coerente tardiamente;

89. Não há crime perfeito, pois ninguém, ainda que sadio é demasiado inteligente para produzir um mal completo e cercado de anonimato infinitamente;

90. Depois do crime, não tem como passar uma borracha, por isso, povo e polícia devem ser previdentes;

91. A segurança é pública porque deve estar disponível para todos e a cada um individualmente, extensiva ao patrimônio privado e às pessoas jurídicas, carecendo antecipar-se aos sinistros;

92. Na violência ainda que patológica, a prevenção policial é tão importante quanto qualquer prescrição médica;

93. O estudo dos matizes da violência confere um ábaco de resoluções para a equação da insegurança estabelecida;

94. Não haverá segurança nem ordem onde não se pratica prevenção à violência e nem se propicia ao mesmo tempo perspectivas de melhores dias a todos;

95. A segurança pública continua carente de leis que possam e devam ser cumpridas, de profissionalização instituída, de unidade e de motivação constantes, cujas defasagens dão lugar à lentidão, à improvisação e ao empirismo, com tendência ao fracasso;

96. Polícia preventiva é uma ação estratégica e não é necessariamente uma figura ostensiva, podendo ser uma iniciativa velada ou até combinada, desde que o ato cause efetiva sensação de ordem no ambiente e no contexto;

97. O policial ostensivo não é uma figura estática e nem um fantoche, nem divaga entre diálogos, pelo contrário, deve ser um ícone de referência, com percepção transcendente e com capacidade de tomar iniciativa, influenciando no ambiente;

98. A arte de polícia de controle de distúrbios é tão constitucional quanto a legítima prerrogativa de todos poderem reunir-se sem armas pacificamente nos lugares públicos;

99. Querem transformar a violência urbana numa declaração de guerra à sociedade para que o Estado possa justificar sua inércia histórica e a repressão com enfrentamento bélico extremado, ofuscando ação judicial;

CEM. Partindo do princípio de que a incolumidade individual e a integridade do patrimônio privado passam para a instância da segurança pública quando molestadas, portanto, qualquer prevenção policial de interesse privado, pessoal ou patrimonial que se promova também a é de interesse coletivo e do Estado, sendo esta precaução menos onerosa para o erário do que o somatório de todos os atendimentos às ocorrências, as investigações, as apurações, os danos pessoais e materiais, pensões e previdências pagas, apoio à testemunha, fugas e perseguições, mandados de prisão, diligências judiciárias intermináveis, carceragens infindáveis, translado e condução de presos, reparação por erros judiciais, ação predadora prisional, ressocialização de internos e muitos outros dispêndios indiretos, sem se falar na saúde, na vida e na liberdade que são bens inalienáveis.