É noite e as paredes do quarto encontram-se frias e sem vida. Nada que atraia a atenção, que lhe desperte desejo, que lhe permita sonhar. O que restou foram enganos, muitos... Lágrimas, todas derramadas na mais profunda solidão... Dores, tão agudas quanto à sensação de um punhal no peito. Um deserto interior que cumpre seu destino.

                 O que antes era amor, hoje é reflexo de atos impensados, de gritos graves em uma alma sensível, de descasos que deixaram ao acaso o que de mais precioso existia.  Quantos sonhos dilapidados, sorrisos desfeitos, solidão acompanhada... Lágrimas que vertiam insistentemente.