Anjo
A noite tenra e escura caiu lentamente sobre o mundo como um lençol negro e suave ao tato que aos poucos fechava o céu por inteiro, mas com sua maciez me livraria do frio intenso que fazia almas tremerem. Os dentes não se aquietavam na boca, se comportavam como engrenagens de uma máquina envelhecida pelo tempo. Naquele instante pensei na tua ausência que não foi duradora, pois logo ao olhar para esquerda ao mesmo tempo em que contemplei sua beleza, meu olfato se deliciava com teu perfume que exalava do teu corpo inteiro. Aqueci-me com teu abraço demorado, que aos pouco me acalmou. Acalmou-me do medo e da insegurança que sempre me acompanhou em meus momentos de magia. Senti medo, muito medo! Medo que não voltasses mais, medo que não me amasse tanto assim. Eu era como um menino em que assistisse um circo pela primeira vez. Ao término do espetáculo pensei como ficaria ali sozinho olhando a lona da cobertura e fantasiando a presença de malabaristas e dançarinas que rodopiavam no tablado que formavam o palco.
Enquanto me abraçava pensei quantas oportunidades eu ainda deveria ter para que tomasse a coragem dos valentes e começasse a dizer tudo o que sinto por você. Mas eu era apenas um menino que crescia armazenando sonhos e paixões nunca explorados. Continuava ali apenas guardando um monte de palavras que queria te dizer. Mas que nunca encontraria o momento propicio para tirar de mim este (peso) que a cada dia aumentava mais.
Por que eu? Chama ardente de um desejo intenso regado pelo mel puro das abelhas. Mel que escorre por toda tua boca silenciosa, percorrendo os sulcos evasivos dos teus lábios, enquanto fazes brotar de mim o sentimento vivo dos frágeis enamorados. E então me vejo mergulhando em teus seios, ainda abrigados pela blusa lilás que usava sempre amarrada sobre o umbigo.
Foi quando me lembrei de te dizer algo que a muito havia guardado comigo.
Eu disse: preciso dizer-te algo! Você então me perguntou, com a voz de ternura e um sorriso que tomava todo o teu rosto: fale-me o que quiser meu amor!
Sei que você não é propriedade de ninguém, conforme já me dissestes, porém quero te dizer que você é o maior presente que já desejei.
Adoro você! Quero ser e continuar sendo seu anjo.
Passar muitas horas pensando em você. Um anjo não deveria pedir nada, em troca e sim apenas dar o máximo de si. Mas te peço. Dá-me um pouco do teu tão valioso tempo. Quero passar horas te olhando, curtindo tua pele, teu cheiro, tua face, tua boca, teus cabelos, teu tudo.
Um anjo não deveria ferir nem sentir-se ferido, mas somente a uma Deusa cabe o poder de perdoar. Perdoe-me “fada querida”. Ensine-me os caminhos retos dessa vida. Não me deixe cair nas valas tortuosas da escuridão. Seja minha luz. Mude meu destino por toda eternidade.
Eu te amo! Paixão da minha vida! Deixe-me por um minuto acreditar que não sou pequeno. Que sou vencedor! Que consegui por meio de meu próprio desempenho, conquistar seu coração.
E que assim eu possa domar teu corpo inteiro através dos instintos naturais que a vida quis presentear-me.
A noite tenra e escura caiu lentamente sobre o mundo como um lençol negro e suave ao tato que aos poucos fechava o céu por inteiro, mas com sua maciez me livraria do frio intenso que fazia almas tremerem. Os dentes não se aquietavam na boca, se comportavam como engrenagens de uma máquina envelhecida pelo tempo. Naquele instante pensei na tua ausência que não foi duradora, pois logo ao olhar para esquerda ao mesmo tempo em que contemplei sua beleza, meu olfato se deliciava com teu perfume que exalava do teu corpo inteiro. Aqueci-me com teu abraço demorado, que aos pouco me acalmou. Acalmou-me do medo e da insegurança que sempre me acompanhou em meus momentos de magia. Senti medo, muito medo! Medo que não voltasses mais, medo que não me amasse tanto assim. Eu era como um menino em que assistisse um circo pela primeira vez. Ao término do espetáculo pensei como ficaria ali sozinho olhando a lona da cobertura e fantasiando a presença de malabaristas e dançarinas que rodopiavam no tablado que formavam o palco.
Enquanto me abraçava pensei quantas oportunidades eu ainda deveria ter para que tomasse a coragem dos valentes e começasse a dizer tudo o que sinto por você. Mas eu era apenas um menino que crescia armazenando sonhos e paixões nunca explorados. Continuava ali apenas guardando um monte de palavras que queria te dizer. Mas que nunca encontraria o momento propicio para tirar de mim este (peso) que a cada dia aumentava mais.
Por que eu? Chama ardente de um desejo intenso regado pelo mel puro das abelhas. Mel que escorre por toda tua boca silenciosa, percorrendo os sulcos evasivos dos teus lábios, enquanto fazes brotar de mim o sentimento vivo dos frágeis enamorados. E então me vejo mergulhando em teus seios, ainda abrigados pela blusa lilás que usava sempre amarrada sobre o umbigo.
Foi quando me lembrei de te dizer algo que a muito havia guardado comigo.
Eu disse: preciso dizer-te algo! Você então me perguntou, com a voz de ternura e um sorriso que tomava todo o teu rosto: fale-me o que quiser meu amor!
Sei que você não é propriedade de ninguém, conforme já me dissestes, porém quero te dizer que você é o maior presente que já desejei.
Adoro você! Quero ser e continuar sendo seu anjo.
Passar muitas horas pensando em você. Um anjo não deveria pedir nada, em troca e sim apenas dar o máximo de si. Mas te peço. Dá-me um pouco do teu tão valioso tempo. Quero passar horas te olhando, curtindo tua pele, teu cheiro, tua face, tua boca, teus cabelos, teu tudo.
Um anjo não deveria ferir nem sentir-se ferido, mas somente a uma Deusa cabe o poder de perdoar. Perdoe-me “fada querida”. Ensine-me os caminhos retos dessa vida. Não me deixe cair nas valas tortuosas da escuridão. Seja minha luz. Mude meu destino por toda eternidade.
Eu te amo! Paixão da minha vida! Deixe-me por um minuto acreditar que não sou pequeno. Que sou vencedor! Que consegui por meio de meu próprio desempenho, conquistar seu coração.
E que assim eu possa domar teu corpo inteiro através dos instintos naturais que a vida quis presentear-me.