Indelével

Flor, brisa leve, suor

Calma, tensa, melhor nem lhe dizer pra que vim!

Dor, ventania, frio

Encurta o nosso pavio, porque nada vai estourar!

O mês acaba no dia 31, às vezes, e então essa dor é mais um...

E então esse peito esquece, como quem a data merece...

Como quem já sabe de có lidar com tudo...

Peito, joelho e antebraço...

Jeito de dançar parado, de olhar a vitrine

Como se fosse melhor que o nosso papel

Uma amizade da cor de um céu que nunca consegue fechar

POrque o dia é sempre o dia, quando você aparece

E a noite é sempre melhor quando então, me diverte

Razão, tatuagem do espelho, levante sem medo e venha aqui

Enfrente o seu maior desejo, a sua amizade foi feita pra mim

E hoje eu perdoo o que sou, pra aceitar o que você é

Hoje eu devolvo e eu dou, e você o que quer?

Quando chorar, faz favor me chamar

Quando cair por favor, me gritar

Quando pensar em descer e entregar-se pra algo

Por favor, tente então... me chamar que eu quero lutar!!!

Olha só, minha amiga, veja tudo.

O mundo não é lá nosso melhor.

Mas veja bem, morena, o futuro... ele eu sei de có...

Veja como tudo é tão sereno, talvez, fosse só se sentir

Como a vida entorna os sentimentos, a minha blusa manchou!

Eu sei bem até onde vai o meu dia, minha estrada tem um final

Mas olhe que ali se esconde uma trilha, e dá pra se caminhar...

Eu sei que é perigoso, o barro, a lama, o chão...

Mas eu sei que lá existe uma brisa que espanta qualquer solidão...

Veja bem o que eu sinto, é intenso, é bom, é mais que de irmão...

É quase um dia ensolarado, numa praia, sem multidão...

Escrevo frases soltas, sem nexo, cabe a você calcular

Um aparelho, um filme, um show, que você não quer trocar

Como um disco que dura pra sempre, nosso instante, joelhos, clarão

Um repente pausado na mente, esperando contente encontrão!

E você é tão solta, tão aérea, tão linda

Tão humana, tão forte, não finda

Tão luz que cega minha mente

Atração que me deixa dormente! Comumente!