Errante

No escuro que cobre sua existência, agradeço a quaisquer deuses por ela fazer tão bem a quem, sobre essa nuvem cinza que circunda o passado, glorias serão mantidas, da alegria mesmo fúnebre de cada despedida, um novo sorriso amarelo em cada encontro, um sentimento tão vazio, e ao mesmo tempo intrigante, tanta sabedoria em conversas insignificantes, tantos tratados mau tratados, glorias mais uma vez fúnebres, esperar o que não se existe é talvez o refugio dos fracos, que seja fraco então, pois o esperado mesmo que inexistente brilha os olhos de quem espera com assiduidade e esperança, mesmo que fúnebre mais uma vez seja os caminhos, segui-los ermos sem destino, a cada passo um colapso, uma lei que não se pode cumprir, somente dando adeus quando se deve sorrir, chegar, ou seguir. Luta é a virtude da gloria.

Desistir pode ser para os fracos.

ana claudia
Enviado por ana claudia em 11/04/2010
Reeditado em 17/01/2011
Código do texto: T2191083