Sereno e belo amor...

Sereno e belo amor... que inebriastes a sombra de minha solidão... temente que fui a dor da decepção, mas seguir por estradas outrora perdidas foi a sina do ser, porventura sou eu... o amante eterno que jamais se encontrou... tão logo me perdi, sobre as sobras dos sonhos e velas de choro, nas lágrimas da vida que em vida senti... foste agora meu amor, por guiar-me em seus beijos ao céu e caiste tão logo senti... natural solidão, porventura morri... por não ter o abraço que um dia almejei, me encontrei então cego, carente... de amor, por tão loucas paixoes, tão vil loucura de ser... eis a face do amor... me roubaste o ar e me fizeste respirar essa imensa canção, murmurada ao mundo e edificada em mim, fui a torre jamais alcançada, fui trovão, trovejando em mares do mundo a sorrir, te encontrei, a imensa saudade tão logo adormeceu... foste solene toque a expressar a canção, que cantada por nós ja não era tão só, e em nosso abraço se tornou sedução, revivemos o som, melodia sem tempo, caminhamos rumo a nos revelar, a nos tornarmos um só, e levados ao vento revelamos o amor... porventura fui eu, foi você, e tão logo fomos nós, a infinita clareza de dois corações, nos unimos em um, recriamos a voz...

Anderson Ribeiro
Enviado por Anderson Ribeiro em 20/04/2010
Reeditado em 02/07/2020
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