Duas medidas

Tenho em mim duas medidas que nem sempre coincidem.

Existe aquilo que faço e aquilo que desejo ser.

Movimento-me entre as duas e isso tem um lado bom e um que não é bom.

O lado bom é que não perco os objetivos a alcançar, não me sinto construída, e mantenho a juventude emocional, o desejo de busca, de correr riscos e sentir que mesmo perto do fim tenho algo por que lutar.

O lado ruim é a falta de empatia das pessoas e uma dose grande de preguiça para dar os passos necessários, chegar onde quero e finalmente ser eu mesma.

Mostro incoerência em alguns momentos, perco o rumo e até o juízo (como diria minha mãe), mas não abro mão do que sinto.

Minhas escolhas pessoais sempre levam em conta a qualidade de vida, especialmente a emocional.

Abro mão de um amor, mesmo sofrendo, se esse amor não tem para me dar o que preciso.

Mudo meu rumo, desmancho castelos, se preciso for.

Tenho uma intolerância grande à dor.

Nem tanto à dor física, mas a do amor.

Se magoada, recuo.

Se incompreendida, parto.

Preciso de prioridade no amor.

Uma dose razoável de paixão e carinho.

Se isso não acontece, perco o tesão.

Em alguns momentos as medidas coincidem...

Quando acontece é muito bom.

Senão, me aceito

É o meu jeito de ser.