Estranhos...
Tempos estranhos na minha estrada,
Folheio letras antigas escritas, letra roubada
Leio tanto de algo que não reconheço
Lá está entre letras, rabisco curioso
Questionáveis momentos de diversos
Algo sobressaltado de um mundo disperso
De um longínquo e desconhecido universo.
Sopra-me algo ao ouvido num sussurro sofrido
E pouco entendo do que diz ...sem sentido
Porque onde estão às palavras sou relevo
De tinta borrada na folha umedecida pelo tempo
Passos ... e me procuro numa estrada estranha,
Tantos apagados me desviaram do caminho
E levo toda poeira para minhas entranhas.
Há um cheiro de algo onde antes era perfume
E não reconheço se onde é flor ficou imune
De tantas foram insensatos momentos
Jazem no odor da lama em meu jardim secreto
Onde guardei o lençol do devaneio do qual recordo
Então eu vejo um retrato perfeito.. nele me demoro...
Na memória da noite que te levou pra longe... choro.