A verdadeira poesia  é...

A poesia em si é autóctone,
nativa da alma que a compôs,
é a sombra da mão que a fez,
hipoteticamente perfaz o canto
lírico do poeta sem nunca em verdade
dizer tudo que ele quer dizer.

Um sopro divino que o frio
do falso lirismo tenta captar, mas é
tão distante da realidade que só a
a imortalidade lhe diria o que ela é.

Quem vê a poesia assim, em vestes
multicores, imagina tocá-la com os sentidos,
e poderia se fosse escolhido, eleito por ela,
a poesia exala perfume, descreve a alegria,
tem o sabor da chegada e da partida,
o eco do eterno amor nas entrelinhas,
espalha-se em sentidos, em olhos que só
vêem a verdadeira palavra que a define,
sem falsa modéstia, sem biombos sobre
o que em verdade ela é.

A poesia não precisa de olhos que não a vejam,
e reputam ter ao tato todo o seu esplendor,
sem ao menos tê-la sob os olhos do coração!
A poesia não precisa que lhe digam "linda",
se foi apenas em pequenos traços que ela mostrou a dor,
ou quem sabe a alegria que escondida em grandes textos,  assim ficou aos olhos de alguém que na ânsia de aplaudir não a viu e se a viu já no crepúsculo, tristemente chorou...Sem a compreender,  
e na vacância de bom senso em sua parca sabedoria  exclamou..."Nonsense"
A poesia é algo que nasce quando o poeta mergulha
nas profundezas de si mesmo, e nunca jaz, sempre
retornando como um guerreiro com o trunfo na mão,
para que os olhos semelhantes aos dele vejam e
possam dizer, como e de onde nasce uma verdadeira poesia.

Malgaxe

 

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 06/05/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2240953
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