Onde estás Meu Amor?

Não foi nesta estação...

Não tive tempo ...

Olhei e não te vi..

Se te vi não enxerguei e passastes...

Me entreguei à uma ilusão...

Tentei fazer um lar...

Gerei vidas preciosas...

Amores na forma de gente...

Produção minha, frutos só do meu amor ...

Criar filhos só é renunciar à um novo amor ...

É responsabilidade, se dar ao desfrute pode ser perigoso..

Outras mãos tocando nossos filhos, educando, talvez maltratando..

Como saber, na testa não se vislumbra o dna defeituoso...

Nunca um abraço, um carinho, um alento, um aconchego...

Nunca sonhos que se sonham juntos.

Os filhos percebem a falta de sintonia...

Mas se de um lado encontram amparo, guarida , aconchego

Estão protegidos...se sentem seguros , seguem felizes

E renunciei ao romatisto, ao amor , à luxúria, à paixão...

O temo voa..os filhos crescem ...

E a solidão se agiganta ...o coração palpita ..

O corpo reclama...

Amor onde estás?

Não me dei chance, não me tornei disponível...

Passastes, não te vi...

Poderias ser o amor que me ajudaria à construir um lar..

Medrosa ...segui tão só...

Te perdi!

Flor do Córrego
Enviado por Flor do Córrego em 08/05/2010
Reeditado em 10/05/2010
Código do texto: T2245571
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