URGENTE: Não leia!

Ah, meus versos são curtos

Neste ambiente taciturno

Que são as ruas da cidade

Essa coisa de caminhar sempre em direção ao norte

Está me deixando cansado e desnorteado

Aceno ao taxi livre

Sem saber se minhas moedas vão compensar a viagem

A janela do carro

É como a tela de cinema

Que assisto não de dentro pra fora

Mas de fora pra dentro

Venho arando as terras

Plantando sementes

Que depois dão frutos

Pelos quais ninguém colhe

Ascendo mais um cigarro

Meus conceitos são nebulosos

E trago a amarga idéia

De que tudo que sei não me basta

Ah, se pudesse fazer um poema sobre mim

Diria que seria inútil cada estrofe e cada verso

Porque seriam recheados de falta de propósito

E de angústia de saber-se limitado no mundo

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 08/05/2010
Reeditado em 09/05/2010
Código do texto: T2245613