Você é livre?

Liberdade. Existem muitos conceitos para tal; entretanto, nenhum deles se iguala ou ao menos se aproxima da real sensação de experimentá-la.

Algumas pessoas buscam a liberdade física: sair da casa dos pais, não ter hora para chegar e viver sem dar satisfações. Talvez seja o tipo de liberdade mais fácil de ser alcançada, porém, nunca é do tipo que nos completa integralmente - por mais que achemos que ela garanta uma passagem a uma vida mais divertida e desprovida de regras desnecessárias.

Aí que entra a liberdade da mente, afinal, o que adianta sermos livres para ir e vir, se somos incapazes de nos livrar de algumas algemas mentais? Propositalmente inverti a ordem das 'liberdades', para que se estabeleça esta relação de cumplicidade entre ser livre mental e fisicamente. Se formos livres física, mas não mentalmente, acabamos cometendo erros e fazendo mal uso da nossa liberdade, ou seja, a libertinagem. Por medo disto, nossos pais nos mantém, se possível, até os 30 anos debaixo das suas asas. Não que seja a melhor atitude a ser feita, mas se fosse para escolher entre jovens violentos e imaturos nas ruas, agredindo e destruindo vidas e entre jovens imaturos dentro de casa, eu fico com a segunda opção.

Desta forma, a primeira liberdade a ser trabalhada é a mental - abrir os cadeados da mente, libertando-a dos dogmas, paradigmas, mitos e medos, ou seja, sermos como éramos quando crianças: corajosas diante do desconhecido pelo simples prazer/necessidade do auto-conhecimento.

Por fim, a liberdade espiritual (não falo de religião, mas de espiritualidade propriamente dita.) Somente alcançando a liberdade espiritual estaremos prontos para assumir as consequências das nossas atitudes, sejam elas quais forem. Não teremos medo do futuro, por isso não seremos escravos do presente e também não dependeremos de terceiros, sendo íntegros o suficiente para fazer o que deve ser feito na hora certa.

Não ouso dizer que alcançar liberdade física, mental e espiritual seja fácil, muito pelo contrário, exige esforço de uma vida inteira; afinal, todos os dias somos testados e todos os dias testamos involuntariamente (ou não) a nossa liberdade, mas nem sempre reconhecemos que, o que realmente falta para o nosso efetivo crescimento é a humilde aceitação das nossas limitações, sempre buscando e aperfeiçoando a nossa liberdade.

Pollyana Bastos
Enviado por Pollyana Bastos em 12/05/2010
Código do texto: T2252379
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