Sinta....

Ah, como é bom acordar...

Mas não acordar soh de um sonho, acordar pra vida, pra viver...levantar-se e impor-se perante o sono que se alastra por todo o mundo e ensiste em adormecer-nos.

Acordem pobres desgraçados!

Não vede que a vida por vocês passa sem deixa-los perceber, e em vossos rostos marca sua passagem, que não mais pode ser apagada e nem mesmo disfarçada...

Olhem pra vocês! infelizes que relutam em não ver o que os passa em frente aos olhos...

Abram os olhos, abram a mente! Vejam o que acontece enquanto dormem, sintam o cheiro... Cheiro da podridão que corrompe os povos, cheiro da corrupção, cheiro da desigualdade, cheiro de um capitalismo que cega, destroi...

Sintam o calor, abram seus poros... Sintam a poluição criada por vocês... respirem fundo...

Ah, tomem a água dos rios, rios que vocês poluiram... Sintam o gosto amargo das lágrimas da natureza, que ainda chora em silêncio, mas um dia irá se manifestar...

Ai que sono! Não deixem isso lhes dominar... Abram bem os olhos, olhem em volta! Quanta destruição, quanta guerra, quanto roubo, quanta miséria, quanta poluição!

Sentem agora?! Pois eu sempre senti... agora esse sentimento aflora em mim com mais força!

Se ainda não consegue sentir, não conseguiu enxergar a desgraça que se abateu sobre o mundo, sinto muito, mas você é só mais um no meio da multidão...

Obscura

Obscura
Enviado por Obscura em 27/08/2006
Reeditado em 15/06/2010
Código do texto: T226504
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