ADEUS, MIRINHA!

Dispor aqui no recanto,

todo o meu encanto e os desencantos

falar de saudades sem meias verdades

mais por oportunidade, que por necessidade!

Encontrei uma causa,

pra dizer algo da alma,

algo que me faça olhando pra vida

ver que o tempo que resta é incerto...

Incerto, saber se o amanhã

como o hoje virá!

quem sabe, trará lembranças de longe...

quem sabe, meras recordações!

Miriam... Mirinha para os que a conheciam

sorriso sempre escancarado,

cabelos encaracolados,

tinha fé no amanhã,

semblante de paz e contentamento

apesar de saber dela os desabores...

vou guardar, o otimismo,

a paixão pelo companheiro

o amor pelos filhos e familiares.

O amor pelo rosa,

adornando-lhe o corpo,

acreditava no amor,

haveria de ser só pra ela,

sómente dela o amor do Ari!

Da vez utima que a ví

trazia, tristeza na voz

confessou-me, razão do amargor

mais ao ir-se, olhou-me, e disse

- morro mais não largo o osso!

Éra assim minha amiguinha!

talvez não tenha se ido feliz,

quem sabe não alcansou aqui sua luz

mais tenho plena certeza de que onde estiver...

Chego por vezes a ter dúvidas,

se este aqui mesmo é o fim?

se "deste plano" houver continuidade

estará, Mirinha, feliz - vestida de rosa forte,

nos cabelos, orelha e dedos; adereços - rosa é claro!

a passear, por entre nuvens...

Vá em paz, Mirinha!