Equilíbrio Natural
Empunhar as premissas
E jogar na cara do outro.
Começa por ousadia
E termina sem dizer nada.
Era mais uma discussão de bar
De entortar e depois virar de cabeça
Pra cima.
De virar e montar uma briga.
Eles estavam no mesmo espaço a
Muito tempo para muito maluco.
Olha que ontem eu já fiz coisa melhor que hoje
E vi que os discos estão todos enfileirados
Junto do que tanto acumulei.
Os livros que estão lidos
E continuam ali
Sem ninguém para ler de novo.
Galopei num oceano
Figuras belas de tantos cantos
Que eram seus os novos,
Os velhos, e os sem tamanho.
Veja que era assim
E nunca foi diferente.
Nossos sonhos,
Grandes sonhos.
Nunca deixei de pensar
Que se fosse para escolher
Seria muito melhor.
Vi homens passando
Com medo no rosto
Sem nada no bolso
E sempre com pressa.
A folha que se foi não volta mais
Pois de ideias vivem livres
Outros temas sem nenhuma velha
Coerção.
Diga que corre
E que nada impede
Outros correrem também.
Pois vou indo,
Nem que pare, ande.
Era madrugada
Era quase nada
Era quase dia
Quase fino
Quase bom.
Que se passa
No horizonte
Se a vida
Não é lá.
Veja as notas
As propagandas
Que de nada
Vem te somar.
Quero ver sua poesia
Escrever na sua vida.
Sem mentira,
Nem trapaça.
Enganar a quem
Ainda sou alguém
Diferente, mesmo assim,
Mesmo nada.
Que importa de verdade
É que não sou melhor que você.
No final a natureza
Equilibra tudo.