Fechando os olhos

Quando eu fecho os olhos me derramo em pensamentos voltados para meu eu em um descontentamento infantil e muitas vezes sem sentido.

Fecho os olhos e permito que alguns pensamentos venham em minha mente e guardo aqueles que eu quero de repente construir um castelo para que eu possa habitar e ser feliz.

Felicidade é um sentimento nobre por qual todo ser humano tem vontade de buscar, porém existem ás vezes barreiras e muitas fragilidades humanas por qual não devemos em nenhum momento tentar ao menos suportar a dor de ter um amor partido ou uma felicidade que não poderíamos encontrar por falta de espaço ou quem sabe de coragem para amar alguém que nos permita sentir de fato algumas borboletas que fazem com que o nosso estômago dê voltas de alegrias.

Fechando meus olhos percebo que preciso buscar algo dentro de mim que eu não sei realmente o que é. Tudo parece trazer um passado que precisa ser rompido, mas que não tenho tanta força assim para romper essas correntes.

O ser humano vive de correntes muitas das vezes.

Qual corrente devemos estar atentos para que possamos fechar os olhos e não desistir de nós mesmos?

Eu preciso me esvaziar em cada pensamento que não me trás algo bom. Porém uma corrente que existe entre eu e o meu passado me faz notar que não posso prosseguir em frente.

As correntes pesam em nosso corpo. As correntes fazem de nós escravos em abolição. E precisamos nos libertar a cada dia fechando os nossos olhos para que tudo o que não faz mais sentido possa nos trazer a paz tão desejada em nosso coração.

Fecho os olhos então e noto o quanto preciso melhorar como pessoa, como mulher, como cidadã brasileira. Fecho os olhos e permito-me voar entre estrelas, cometas e tanta gente especial que é para mim.

Lembramos de tantas coisas quando fechamos os olhos, e esquecemos completamente quem nós somos.

Ah, mas eu pudesse decidir e encontrar-me entre tantos pensamentos um que me fizesse desistir de eu mesma. Desistir de nós mesmos seria voltar-se para aquilo realmente que Deus quer para nós.

Meu Deus me ajude a pensar como Tu pensas, porque pensamento humano desgoverna muitas vezes os caminhos que nos fazem encontrar a luz e a vontade imensa de ser alguém melhor.

Fecho os olhos e me lembro de cicatrizes e momentos por qual eu mesma me iludo e crio em meu coração. Iludir-se é humano demais. Sonhos nos fazem lutar, mas ilusão nos paralisa, porque criamos expectativas falsas dentro de nós com situações e pessoas. Por isso é que dá medo de fechar os olhos e não saber quem somos.

Fecho os olhos para encontrar sossego e me viro do avesso, e sempre esqueço de pedir Proteção Divina, então fico por cima desse sentimento que se chama nada. E esse nada eu não entendo, porque me leva a crer que existe algo nele.

Quantas vezes descobrimos que não somos nada e que todas as decisões não racionalizadas e impulsivas nos levaram ao nada. Este nada atrai tanta gente que nem mesmo coragem de compreender o que a vida quer de nós temos, porque pensamos na excessiva busca da felicidade que pode nos levar ao nada.

Fechar os olhos então é um desafio para nós, porque escalamos uma montanha por qual nunca tivemos a audácia de subir, e chegando lá no topo já queremos nos atirar, porque faltou na realidade o nosso Autor da vida que é Deus e o ser humano tão fantástico e ao mesmo tempo tão confuso que existe dentro de nós que tem um ar de loucura e de desgosto pela vida ao ter um problema que nos afasta de tudo e todos.

Queremos pular na primeira ponte que passa por nós, porque faltou fé e a tentativa de fechar os olhos e assumir que precisamos de Deus.

Então agora neste momento preciso fechar meus olhos. Externar as minhas vontades para me programar e não sentir-me roubada por alguém ou algum pensamento. Não me sentir rebaixada por situações vividas por qual eu ainda não sei superar.

Não me curvarei, porque serei a líder de eu mesmo.

Por isso fecharei meus olhos na certeza de que amanhã tudo irá melhorar, mesmo eu sendo tão humana para pensar, errar, sentir, falar e buscar realmente quem eu sou de verdade.

Preciso assumir o meu presente para enfrentar o passado com a vontade de deixá-lo para trás, e me inclinar para o futuro sem se preocupar com o que virá pela frente, porque tudo vai estar nas mãos de Deus.

Roberta Mendes de Araújo
Enviado por Roberta Mendes de Araújo em 05/06/2010
Reeditado em 06/06/2010
Código do texto: T2302355
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