GOLS "DE CABEÇA" OU GOLS COM "A CABEÇA"?

Bem que eu queria mudar de pensamento, mas no atual clima de euforia, quem consegue trocar o disco?

Então, o meu assunto continua a ser "copa do mundo", o que eu e o país inteiro achamos ótimo!

E a telinha global não menos!

Hoje de relance, num "bom lance", vi lá uma entrevista com o Presidente da nossa República que garante que aqui no Brasil todo mundo virou técnico.

Ele tem razão, claro. E quem não percebe?

E depois acrescentou: Por aqui todo mundo é técnico...e médico também.

Penso que o Presidente se referiu ao dito popular que de médico e de louco todos temos um pouco. E agora de técnico também.

É de preocupar! Pelo que está faltando de médico por aqui, ainda bem que temos tantos outros por ali.

Prefiro mesmo que o "todo " daqui seja mais técnico, e menos louco nas demais ciências, e de preferência "loucuras" nem no futebol...posto que a expectativa da vitória da copa passa pela cabeça de todos nós, independentemente de qualquer condição social.

Porém um fato é incontestável: Todos por aqui , neste ano, seremos técnicos, não só de futebol, como também seremos todos técnicos do país...lá nas urnas.

Vamos ver em qual área faremos melhores gols!

E foi nesse pensamento que ainda segui a ouvir a entrevista:

Arguido sobre o que teria cochichado no ouvido dos jogadores da seleção, o Presidente disse-nos que lhes desejou boa sorte, e comentou que "os meninos" não podem imaginar o que significam no imaginário das pessoas "mais humildes", completando que, quando menino, só conseguiu a bola dos seus sonhos, uma "bola de capotão", depois dos vinte anos de idade ,no seu primeiro emprego.

Parei para pensar nessa frase, na verdade uma declaração de efeito. Tudo a ver com a nossa copa! Mais a ver ainda com a oportunidade de falar.

Penso que agora o Presidente já conseguiu comprar uma bola legal.

Agora é só fazer gol...mas um golaço! É o que queremos ver.

Engraçado, nunca vi entrevista mais predisposta a, mais uma vez, tentar dividir a Nação, até na hora de caracterizar o amor pelo país e qualificar a expectativa dos torcedores do futebol...que também são eleitores.

Penso que Nacionalismo independe de qualquer condição social ou ideológica, tanto nos campos de futebol, quanto nas urnas.

Todos amamos o país, principalmente todos nós que trabalhamos nele e por ele.

Assim não vale!

Que vençamos, Brasil uno e inteiro!, nas nossas habilidades de "drible no pé", aliás, não conheço ninguém melhor que brasileiro pra dar um "olé" até em campos pra lá de minados.

Espero que façamos vários gols em todos os adversários, aliás,não só gols "de cabeça", mas sobretudo, gols "com a cabeça!"

Seria um genuíno espetáculo.

Olé, Brasil!