INCOMPREENSÕES
P’los meus olhos passou uma tempestade de areia
De ventos ciclónicos e ares arrasadores...
Batendo no meu peito uma amálgama de tremores
Assim como se me fosse servida a última ceia...
Sabes como se sente um corpo dolorido?
Sabes como se gasta a vida em timidez?
No patamar dos sonhos estamos uma vez
À espera de um envelhecimento colorido
Basta de dizermos não quando a vontade é sim
Basta de aceitar a rosa quando se quer o jasmim
Basta de sorrir quando se quer chorar...
Que raio de vida inócua que inventamos
Que passos tão incertos tabelamos
Num universo de hipocrisia secular