INCOMPREENSÕES

P’los meus olhos passou uma tempestade de areia

De ventos ciclónicos e ares arrasadores...

Batendo no meu peito uma amálgama de tremores

Assim como se me fosse servida a última ceia...

Sabes como se sente um corpo dolorido?

Sabes como se gasta a vida em timidez?

No patamar dos sonhos estamos uma vez

À espera de um envelhecimento colorido

Basta de dizermos não quando a vontade é sim

Basta de aceitar a rosa quando se quer o jasmim

Basta de sorrir quando se quer chorar...

Que raio de vida inócua que inventamos

Que passos tão incertos tabelamos

Num universo de hipocrisia secular

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 05/09/2006
Código do texto: T233532