GESTO...

Olhei para o Dáli, o meu gatito de todos os amores

Fiz-lhe um gesto, um simples gesto e ele veio beijar-me

Sagaz, eterno na dedicação, resolveu requisitar-me

No espaço e no tempo de todos os labores

Um simples gesto pode ditar uma rebelião

Uma guerra fratricida e aniquiladora de raças

Um gesto pode gerar paixões mesmo que em vão

Ou alindar o corpo com um casaco cheio de traças

Gesto de mão, de corpo… um simples olhar

Um sinal tímido de quem abafa a incerteza

Como se fosse crime comer à mesma mesa.

Gesto, sentimento expresso através da mente

Motor sensual que nos mostra a frente

De tantos recuos da vida… dá que pensar!

Ângelo Gomes

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 30/06/2010
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