Uma rapidinha sobre a natureza dos idiotas e dos imbecis

Desenvolvi a consciência sobre as diferenças entre o idiota e o imbecil durante uma conversa com um amigo, que me alertou para o fato de que, neste planeta, entre os ditos seres racionais, só existem dois tipos: os idiotas e os imbecis.

Ao perceber a limitação das opções que me foram dadas a reconhecimentos de minha própria condição entre os tais – pensando que talvez fosse mais apropriado me considerar um cínico, ou seja, “um romântico frustrado”, como bem se definiu um tio – graças a vivências pelas quais passei em meus 49 anos de idade logo percebi ser um entre os idiotas remanescentes que existem no mundo.

Contudo, também nós, idiotas, somos dotados de certo potencial imbecil, o que até agora nos tem favorecido sobrevivências entre os tais.

No livro “O Idiota”, do escritor russo Dostoievski (1821 – 1881), segundo a Wikipédia (Internet), o idiota está bem caracterizado na figura do Príncipe Míchkin, que mora na Suíça por vários anos para tratar de sua idiotia. Quando precisa voltar à Rússia para reclamar uma herança, estando praticamente curado, conhece um parente distante, Aglaia Epantchiná, e afeiçoa-se a ela. Ao longo do romance, o príncipe mostrará ser honesto, bondoso e romântico, mas terá problemas com isso, pois os outros acham que isso é ainda um sintoma de sua idiotia.

E quanto ao imbecil?

Talvez você pensar no contrário de tudo o que segundo Dostoievski sente os idiotas seja essencial para que tenha idéia das características do imbecil.

Pense. Depois disso, você inevitavelmente terá que responder para si mesmo a grande questão a saber se você é um dentre a maioria imbecil ou se posso já contá-lo entre os que se descobriram quase tão absolutamente idiotas quanto eu.