No gingado do mar
Quem dera, eu ser esta lua,
para este oceano,
poder pratear.
Perdurar sobre as águas revoltas,
com grande intenção,
de fazer-te acalmar.
Deitar-me no escuro vazio,
deixando teus braços,
me acariciar.
E cochilar no balanço sadio,
com os teus sussurros,
como canção de ninar.
Misturar-me a tua melanina,
que a noite de graça,
gentilmente te dar.
Emprestar-te um pouco de luz,
pra no escuro da noite,
poderes brilhar.
Dançarmos ao som dos ventos que uivam,
para as estrelas do céu,
poderem julgar.
Ganharmos o troféu do destino,
pela nossa performance,
no gingado do mar.