GOTAS DE SAUDADE

Permita-me vida minha sentir saudade, chorar... As gotas que brotaram dos meus olhos castanhos foram saudade... Uma saudade latejante do meu Guerreiro!

Ele se foi a 5 meses, regressou para morada divina levando Fé na bagagem e deixando sábios ensinamentos a todos com imensa vontade de viver tudo de novo.

Quantos foram os aprendizados por ele me passado... Quanto mais poderia ter aproveitado...

A história do chiclete foi a mais hilária, ele me recomendou embaixo da Mangueira que não mais mascasse a goma, pois dava dor no maxilar...

Mas muita coisa não deu tempo pra ele ver, em vida Terrena, Se hoje sou a profissional da educação, foi graça aos seus esforços para me ajudar a formar.

Daqui 5 meses concluo mais uma etapa dessa trajetória... Mas ele não poderá orar por mim no dia no telefone antes de receber o canudo, vai orar lá do plano espiritual , junto com seres mais nobres e evoluídos que nós e com nossos entes queridos ... Quanta honra receber tamanhas bênçãos, pena não poder receber seu abraço....

Rindo bem descontraído, ele vai dizer: - SIM OU NÃO FABIANA?! Você conseguiu.

SIM< poderei dizer graças a seus esforços Guerreiro eu CONSEGUI!

Mas enquanto isso, 5 turbulentos meses se passaram após o dia em que eu sabia, mas não esperava que fosse chegar. Pois , tantos planos, tantos sonhos e desejos, mas a vida mostra que suas leis são DIFERENTES do que desejamos.

Um dia vou poder entrar no barco e velejar, mas hoje só as gotas de saudade vieram me acompanhar...

PELAS PESSOAS A QUEM TIVEMOS AFEIÇÃO

“ Digna-te, ó meu Deus, de acolher, benévolo, a prece que te dirijo pelo Espírito N... Faze-lhe entrever as claridades divinas e torna-lhe fácil o caminho da felicidade eterna. Permite que os bons Espíritos lhe levem as minhas palavras e o meu pensamento.

Tu, que tão caro me eras neste mundo, escuta a minha voz, que te chama para te oferecer novo penhor da minha afeição. Permitiu Deus que te libertasses antes de mim e eu disso me não poderia queixar sem egoísmo, porquanto fora querer-te sujeito ainda às penas e sofrimentos da vida. Espero, pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso no qual me precedeste.

Sei que é apenas temporária a nossa separação e que, por mais longa que me possa parecer, a sua duração nada é em face da ditosa eternidade que Deus promete aos seus escolhidos. Que a sua bondade me preserve de fazer o que quer que retarde esse desejado instante e me poupe assim à dor de te não encontrar, ao sair do meu cativeiro terreno.

Oh! quão doce e consoladora é a certeza de que não há entre nós mais do que um véu material que te oculta às minhas vistas! de que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e ouvir como outrora, senão ainda melhor do que outrora; de que não me esqueces, do mesmo modo que eu te não esqueço; de que os nossos pensamentos constantemente se entreluzam e que o teu sempre me acompanha e ampara.

Que a paz do Senhor seja contigo. “