A liberdade

E se pensar que a vida, que o mundo é gigantesco lá fora onde o singelo acontece em terras desconhecidas. E se pensar que é prazeroso levar as liberdades nos ombros curtos e que o sustentáculo dessa liberdade é cada suspiro de emoção, de descoberta, de algo a se unir em constante contemplação esperando o próximo inesperado levantar-se.

E se pensar que um ser tem a possibilidade de viver fora dessa gaiola de mesmice, de hora certa para tudo, de tudo maquinalmente programado. E se pensar que a natureza é grandiosa e viver nos braços dela é como está blindado de proteção, como esquecer toda forma insignificante de respiração, correr o mundo, sair em disparada, surgir em cada aurora em luz de liberdade, sentir o verdadeiro gosto da vida e então inebriar-se com ela sem receio do que possa acontecer na próxima curva. O ir adiante sem medo, sem precaução, hora marcada, sem o não do quase certo.

Abrir os olhos e perceber um novo horizonte aceso em chamas vivas, vários horizontes mágicos e picantes, sem a sinalização ordenando parar no lugar certo na hora certa, sem placas, sem rastos de vida que não seja da natureza. Apagar qualquer contato humano e seguir adiante em busca dos novos horizontes prestes a estourar infinitamente para engrandecer o espírito.