O que não contei...



Não contei que o que doía era a mágoa do que deixei de viver por tanto tempo, permitindo-me ser conduzida pela vida, sem a preocupação de intervir nos fatos que realmente me incomodavam...
Não contei que já estava cansada de servir e encontrava-me disposta a ser servida com palavras e olhares que não mais me julgariam, ascenderiam as chamas da esperança.
Não contei que a vida era muito mais significativa do que todas as histórias que haviam me ensinado.
Por fim, não contei que exausta, ainda preferia estar só, em um mundo só meu distante de achismos e palavras que nada acrescentavam.