A Sensibilidade da Chuva

A noite está fria, misteriosa e esquisita. Os pingos lentos e suaves escorrem pela minha face, talvez seja o grande responsável por deixar esse clima tão enigmático. Ver um ser caminhando seria coisa ate mesmo que rara naquele momento.

A chuva tem disso. Ela refugia as pessoas em seus asilos em busca de um aconchego de confiança. Os que caminham, estão se libertando de uma forma harmônica com o meio natural. Compartilhando os pensamentos, a liberdades, a sensibilidades e a solidão.

Os que caminham sozinhos em uma brisa suave de chuva. Eles estão em êxtase de sua própria sintonia com o universo. São capazes de sentir a cada respingo da chuva em seu rosto e depositar toda a confiança a cada passo firme e singelo de que um dia passou ali acompanhado e sem chuva.

A sua companhia mais firme no momento, está concentrada ao vento. Que com sua pura inocência elevam a um cruzar dos seus braços. Formando uma união de um próprio abraço.

São miligramas caindo em direção a terra com força suficiente para deixa-lo cabisbaixo. Vai deixando um clima triste para aqueles que os ver e de firmeza para aqueles que o recebem. Se os pingos estivessem incomodando, teria como se refugiar.

Sentir os pingos frios e os cabelos molhados vai te elevando ao um grau de superioridade para aqueles que estão secos e arrumados. E ao te olhar distante: observa uma percepção de agilidade do seu caminhar na chuva em tempo frio.

- Como é fácil enxergar a tranqüilidade tão na minha frente. Dizia ele todo molhado.

- Como tudo fica calmo com um simples pingo de emoção.

E o vento? Onde vai soprar todas essas coisas que estão no chão.

E a chuva? Que vai limpar o que o vento não conseguiu levar.

E assim estou a observar essas coisas pesadas. Essas que um dia de sol fez questão de deixar. E uma horinha de chuva à noite fez o papel de levar.

É como andar em passos lentos. Onde a maioria estaria correndo.

É está todo molhado. Onde a maioria preferia está estável.

É conseguir enxergar a sensibilidade das coisas. Onde a maioria tem medo de provar determinadas coisas.

É caminhar sozinho por uma rua que um dia foi agitada. Onde a maioria prefere andar acompanhada.

É andar a noite e receber a chuva em um dia frio. Por pura vontade de amar a vida, onde a maioria esquece as coisas mais belas da vida.

Onde a maioria tem medo de se próprio excluir...

E apenas enxergam as coisas que fazem a beleza do mundo destruir.

João Quintans
Enviado por João Quintans em 14/08/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2438224
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