AQUELA NUVEM...

Aquela nuvem que me rouba o sol poente

Que me perturba a magia do horizonte

Seca-me os olhos que refresco numa fonte

Dos teus sorrisos genuínos como a nascente.

Caminhas firme pelas ruas do talvez

Olhas de frente como se não houvesse laterais

Tens em ti o espírito do muito mais

Que distribuis com alto nível de escassez

Sento-me a teu lado como se fosse um pedestal

Olho-te de soslaio para que não me julgues mal

Falo-te de coisas por vezes disfarçadas

Invento palavras para ouvir a tua voz

Num mundo alargado em que não estamos sós

Nos contentamos com pequenos nadas.

Ângelo Gomes

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 16/08/2010
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