Preconceito

Houve momentos em que o mundo me deu vontade de amputar os punhos à sangue frio, no entanto, nem tudo é sombrio.

Daqui a uns anos talvez colha alguns frutos entoxicados que me jogaram ao longo da vida. A minha geração não tem receio do novo, não torce o nariz às divergências culturais e ao contrário do que hoje acontece, eu desejo crer que nenhum de nós vai envelhecer propagando censura em cada canto. Os meus pais observam-me como fazendo parte de uma geração rebelde, envergonhada pelas atitudes ancestrais a que me forçaram. Eles têm conhecimento disso, mas não podem adaptar-se à transformação!

Quero acreditar que os meus filhos vão ter possibilidade de respirar autonomia e que não vão sentir vergonha de mim, nem do mundo onde habitam, contaminado de preconceito.

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 27/08/2010
Código do texto: T2462513
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