Fico esperando por um tempo
talvez,  de repente um pensamento
E, então,  o som da música constante
me rouba por um instante.
Milhares de medidas de espaço
desenhada na noite, sou um traço
longe, distante, onde me encontrei
ou me perdi, talvez, não sei.
Persiste a sensação de não saber onde estou
persiste, me consome, pergunto, quem sou?
por um tempo penso saber,
por outros penso esquecer
desejo dirigir, escolher, determinar
e logo simplesmente me entrego
e sem resistir me deixo levar
não sei, não consigo, não nego.

Eminente, a loucura me doma,
abandono a sanidade que os sonhos me rouba
e que silencia quem um dia deles soubera
e eu, não tenho certeza de nada.
Sou um amontoado de palavras
perdidas, em devaneio reunidas
Sou da vida um paradigma
que em meu labirinto habita.
E, persiste a emoção de não saber quem sou
persiste, me envolve, pergunto, onde vou?
Por um tempo até penso saber
por outros insisto em esquecer,
desejo mentir, adormecer, dominar
e logo simplesmente me revelo
sem resistir me deixo amar
não sei, não evito, não renego.
LuRubia
Enviado por LuRubia em 23/09/2006
Reeditado em 27/05/2010
Código do texto: T247758
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