O MEU MAR...

Mar, meu mar que não me acolhes as braçadas

Que me deslumbras pela beleza da tua imensidão

Que amas e destróis tanto coração

Abraças e repeles ao ritmo da balada

Os teus horizontes são as margens dos meus olhos

O teu ondular sereno soa ao canto da cigarra

Quando te irritas ninguém te segura nem te amarra

Voas como saia minhota rodopiando sobre folhos

Chamas por mim como mãe chama pela criança

Alvitrando a reposição da sua trança

Mas não avisas quanto o teu humor vai alterar

Amas e beijas fazendo juras de amor

Mas também deitas abaixo o pescador

Pelo qual não rezo, porque não sei rezar.

Ângelo Gomes

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 05/09/2010
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