Seus olhos, lindas vendas.

Houve um tempo em que atiravam pedras em latas

E que as mãos se tornaram um impulso das ideias.

E nestes laços que enrolamos nossos trapos

Estão todos sentados quietos ao por do sol.

Pois lá fora é pior para se pensar e andar.

Por favor, libertem meus conceitos

Eu não sei viver com o que me ofereceram.

Eu não sei dizer com as palavras que existem

Inventar o inexplorado

E ter da contradição

Um ponto de aceitação.

Que se fosse escolher

Nada escolheria

Poderia ficar aqui

Ou estar por qualquer lugar.

O sol não nasceu e isso não importa agora

O que foi que se perdeu

E o que não foi vivido.

Alguns sujeitos há muito tempo atrás

Disseram o que deveríamos fazer.

E outros se esqueceram de pensar

E muitos se deitaram sem lembrar

O homem não é o resultado

Do que os outros acreditaram.

Tomar meu café de manhã

E passar a manteiga no pão.

Outros se curvaram por aceitação

Quantos foram deitados

Por não querer cair no chão?

Eu era na ocasião um não

Seus olhos, lindas vendas.