Novos horizontes

Queria desaprender, esquecer um pouco, porque tudo é pesado e cansativo. Não quero gerenciar a rotina e nem viver a altas rotações. O que me interessam os “embalos de sábado a noite”? – ou a evolução da taxa selic, que influenciará diretamente o bolso de quem já tem muito? - Quero viver um pouco com os pés na grama e o vento no rosto, com as mãos na terra e a cabeça onde ela deveria estar. Aqui mesmo. - Porque viver nas nuvens, se é aqui sob o sol que se nasce, morre, e onde tudo se decide? Quero seguir pelos caminhos inóspitos e longínquos e abrir todas as portas por que cruzar. Quem sabe encontro algo que faça ouro virar água! – Em algum tempo seria a descoberta do século, ou da “vida”.

O existir prevalece às teorias de deuses e santos, de céu e inferno. Tudo se resume em existir, em fazer sua parte e tudo andará como tem de ser. Com orações ou não, com genoma mapeado ou ao acaso. Então a ordem é esquecer as explicações metafísicas e pressupostos e viver pelas próprias leis, ou sem elas.

Não me interessam os budistas ou os cristãos, ou se os opostos se atraem. Se Darwin estava certo ou não. São coisas irrelevantes perto da única chance que temos de existir.

Antonio Gonzales
Enviado por Antonio Gonzales em 05/10/2010
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