CHUVA...

Chovia tanto naquele dia… fazia tanto frio!...

Tomei o rio como caminhada… ao longe um barco

Meti a cabeça num charco e acenei a quem viajava

Não sei quem lá estava, apenas um número de semelhantes

Que, expectantes, aguardavam a hora da chegada

O frio, a chuva, cada vez me toldavam mais o olhar

Sem desesperar, porém, fui gozando tamanha frescura

Na esperança de que a cura superasse o devaneio

Contudo, pelo meio, a veia pensadora não me abandonava

Reflexões minhas em momentos de acalmia

Correntes de um dia igual a tantos dias

Ângelo Gomes

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 11/10/2010
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