CHUVA...
Chovia tanto naquele dia… fazia tanto frio!...
Tomei o rio como caminhada… ao longe um barco
Meti a cabeça num charco e acenei a quem viajava
Não sei quem lá estava, apenas um número de semelhantes
Que, expectantes, aguardavam a hora da chegada
O frio, a chuva, cada vez me toldavam mais o olhar
Sem desesperar, porém, fui gozando tamanha frescura
Na esperança de que a cura superasse o devaneio
Contudo, pelo meio, a veia pensadora não me abandonava
Reflexões minhas em momentos de acalmia
Correntes de um dia igual a tantos dias
Ângelo Gomes