O valor que (não) damos às coisas

Por vezes só valorizamos algumas pessoas quando as perdemos

ou quando elas perdem a vida. Então, passamos a ver o quanto essa pessoa nos faz falta e o quanto ela era importante, essencial em nossa vida e que ficará um grande vazio sem ela ao nosso lado.

Geralmente cometemos esse mesmo erro com alguns bens materiais. Muitas coisas que temos e porque não utilizamos, deixam de ter valor para nós. Só mais tarde, quando um dia nos fazem falta, lembramos que demos ou colocamos no lixo.

Se as coisas fossem iguais, nada perderíamos, pois o espaço vazio sempre seria preenchido de forma igualitária.

Valorizar é perceber a diferença... talvez nem seja necessário perder para valorizarmos.

Mas uma coisa é certa: O valor está na diferença...

E é essa a beleza de se valorizar algo.

O valor que damos às pessoas e às coisas está na diferença que elas têm das demais.

Valorizamos a alegria porque a tristeza existe.

Valorizamos o Bem porque existe o mal.

Valorizamos a vitória porque existe a derrota.

Valorizamos a riqueza porque sabemos que existe a pobreza.

A vida é feita de perdas e conquistas, onde as conquistas só são conquistas por causa das perdas.

Por vezes o ser humano precisa perder as coisas para aprender a valorizá-las.

Todos nós estamos sujeitos a isso. Afinal não somos perfeitos. Estamos sujeitos a erros e acertos ao longo de toda a nossa existência. A nossa vida é muito curta e não sabemos quando ela irá acabar.

Mas deveríamos valorizar tudo a nossa volta. Desde as pequenas coisas até as maiores.

Devemos valorizar a vida e tudo o que temos, principalmente as pessoas que estão ao nosso lado, porque, amanhã... pode ser muito tarde para dizermos que amamos, que queremos tentar de novo.

Amanhã... pode ser muito tarde para pedirmos perdão.

Amanhã pode ser demasiado tarde para dizermos: Desculpe-me, o erro foi meu!…

Para também dizermos que perdoamos.

O nosso amor, amanhã, pode já ser inútil,

O nosso perdão, amanhã, pode já não ser necessário,

A nossa carta, amanhã, pode já não ser lida.

Não deixe para amanhã para dizer: Eu te amo! Sinto saudades! Perdoa-me! Ofereço-te esta flor!

Não deixe para amanhã para perguntar: Por que estás triste? O que se passa? Vamos conversar… Quero ver o teu sorriso! Sabes que pode contar comigo!

Não deixemos para amanhã, o nosso sorriso, o nosso abraço, o nosso carinho, a nossa dedicação, a nossa ajuda…

Lembre-se: amanhã pode ser tarde… muito tarde! Vamos dedicar-nos agora… hoje… neste instante… e não amanhã!

Vamos tentar melhorar, amar mais quem está a nossa volta e sempre demonstrar as pessoas de quem gostamos o quanto elas são importantes para nós. Porque um dia... poderemos acordar e já ser tarde demais...!

Ana Flor do Lácio (11/10/2010)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 11/10/2010
Reeditado em 12/10/2010
Código do texto: T2551430
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